O iFood deu um o ousado: a empresa pretende produzir até 600 mil motos elétricas por ano até 2035, inclusive com planos para fabricá-las em território nacional.
A meta faz parte de um amplo projeto que visa reduzir o impacto ambiental da operação logística da empresa e oferecer alternativas mais sustentáveis para os trabalhadores da plataforma.
No ado a empresa já tece parceria com a falecida Voltz, mas não deu certo por conta de problemas com a fabricante – Foto: divulgação
Para viabilizar esse plano audacioso, o iFood firmou uma parceria com a gestora YvY Capital, lançando o Fundo FIP YvY Fábrica de Negócios, que já conta com um aporte inicial de US$ 7,5 milhões. Caso der certo trazer uma fábrica para cá isso pode gerar empregos e movimentar esse mercado crescente. Será que isso vai dar certo?
Fim das motos a gasolina?
Apesar de o iFood ainda não ter definido uma data oficial para abandonar completamente as motos a combustão, o movimento em direção à eletrificação é claro e crescente. Entretanto, se for comparar o custo benefício das motos elétricas e as motos à combustão, é nítido que as mais ecológicas precisam evoluir muito, principalmente em relação à autonomia e tempo de recarga.
Será que os trabalhadores vão trocar uma moto como a Pop 110i por uma outra elétrica? – Foto: divulgação
A iniciativa pode influenciar o mercado como um todo, incentivando outras plataformas de delivery e empresas de logística a adotarem frotas mais limpas e eficientes. Ecologicamente é muito bom, mas será que seria uma boa para os trabalhadores que as utilizariam? Por enquanto, as motos a combustão são mais baratas de comprar e tem autonomia muito superior, será que as elétricas vão estar à altura no prazo que o iFood quer?
A Shineray tem várias opções elétricas, porém com desempenho bem modesto – Foto: divulgação
A transição para as motos elétricas está diretamente alinhada com os objetivos de sustentabilidade do iFood, que busca reduzir drasticamente suas emissões de carbono. A empresa já vinha testando modelos elétricos em parceria com a Vammo, Riba e Origem, com mais de 800 motos elétricas circulando em São Paulo e Brasília.
Será que esse será o futuro para os trabalhadores de aplicativo? – Foto: divulgação
Segundo a diretora de Logística Sustentável e Soluções de Impacto do iFood, Renata Torres “o uso de motos elétricas não apenas reduz o impacto ambiental, mas também aumenta os ganhos dos entregadores ao diminuir gastos com combustível e manutenção”, afirma.