A frota brasileira tem mais de 26 milhões de motocicletas e, neste exato momento, a maioria delas está estacionada na garagem em virtude das restrições de circulação causadas pelo novo coronavírus. Foi pensando em quem está com a moto parada que separamos estas dicas básicas de manutenção preventiva, a fim de evitar que você fique na mão justamente quando, enfim, puder rodar com sua motoca novamente.
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As dicas foram sugeridas pela equipe da Harley-Davidson, mas se aplicam a qualquer motocicleta, independente de marca ou cilindrada. Também vale ressaltar que uma moto não deve permanecer longos períodos em desuso, estando na quarentena ou não, e que moto parada requer manutenção – como já dizemos desde 2014. Releia o artigo sobre o assunto aqui.
Moto parada: dicas para cuidar da sua companheira nesta quarentena
1. Não deixe a bateria morrer
Talvez seja o item que mais necessita de cuidado quando uma moto fica dicas (ou semanas) parada, isso porque ela irá perder a carga e não terá energia suficiente para dar a partida quando necessário. Assim, o recomendado é ligar a motocicleta regularmente e colocá-la em movimento para o sistema elétrico poder realizar a recarga da bateria.
Porém, neste momento, essa ação só é indicada para quem reside em um condomínio fechado ou tem à sua disposição grandes garagens. “Lembre-se: ligar a motocicleta e não rodar não tem a mesma eficiência para recarga da bateria, além de não ter a refrigeração necessária para o motor. Recomendamos o desligamento do polo negativo da bateria ou retirar o fusível principal da motocicleta que pode ser a tarefa mais fácil”, destaca a equipe da H-D.
2. Abasteça com gasolina de qualidade
Do mesmo modo, outro cuidado importante é com o combustível. É importante deixar a moto abastecida com gasolina de qualidade, se possível , de alta octanagem. Isso porque ela consegue manter suas qualidades essenciais por mais tempo, por possuir menor teor de enxofre e de etanol anidro em sua composição – 25% contra 27% das gasolinas comuns.
Essa dica é especial para quem tem motos mais antigas: deixe o tanque cheio até a boca. Assim, a chapa metálica interna fica sempre em contato com a gasolina, e não com o ar, o que minimiza os efeitos de uma possível oxidação desse componente do tanque. Entretanto, nas motos ‘modernas’ há processos mais avançados para conter a oxidação, fazendo este ‘macete’ menos importante.
3. Pneus: murchos hoje, deformados amanhã
É natural que os pneus percam pressão à medida em que o tempo a, mas mantê-los murchos podem causar problemas num futuro muito breve. Afinal, como a moto estará parada muito tempo numa mesma posição seu peso estará concentrado unicamente em um ponto específico dos pneus, o que pode causar deformações (como achatamento) de sua estrutura.
Para evitar que isso ocorra, calibre os pneus com a calibragem máxima possível (ao menos o máximo permitido pela fabricante, como se você fosse rodar no asfalto, com garupa e malas). Desta forma, o objetivo é que eles permaneçam com um mínimo de ar pelo maior período possível, sem causar deformidades em sua estrutura. Se notar que eles murcharam, calibre novamente.
4. Lave-a antes de guardar
Certamente você não vai deixar sua moto parada ao relento, na companhia de gatos que adoram escalar e de cães que precisam marcar território, né? Então deixe a moto guardada em algum local seguro, à salvo de animais de estimação, se possível também protegida da chuva, sol tórrido e frio.
Porém, antes de guardá-la lembre-se de lavá-la. Use água e sabão neutro (sem produtos químicos), seque bem a pintura, cromados e quadro e, dependendo da sua região, como por exemplo áreas litorâneas, é recomendado o uso de antioxidantes nas partes metálicas para reduzir problemas causados pela maresia. Para saber de-ta-lha-da-men-te como lavar sua motocicleta veja isto.
